terça-feira, 23 de setembro de 2008


[Devido a uma ausência mais longa que o previsto em Birmingham, U.K., Barrabás volta com mais um episódio (curto desta vez...)]


Aos poucos conseguiram que ele não ficasse ali taciturno, matutando. Beberam e conversaram durante algum tempo e parecia-lhes que ele já não estava tão estranho.
Mas, enquanto discutiam os mais variados assuntos, ele saiu-se com um pergunta espantosa. Queria saber o que achavam da escuridão daquele dia, como que o sol perdera o brilho durante algum tempo.

- Escuridão? Que escuridão? - fitaram-nos admirados. - Aqui não houve escuridão nenhuma. Quando foi isso?


- Por volta da sexta hora, mais ou menos.

- Ah, que história... Ninguém viu nada disso!

Ele ficou perturbado e lançou olhares desconfiados, de um para o outro. Todos asseguraram que não tinham visto escuridão alguma, que ninguém em toda a Jerusalém viu qualquer coisa de anormal.
Teria sido impressão sua, teria ele imagiando aquela escuridão em pleno dia? Era muito estranho. Se ele, de facto, viu tudo a escurecer, devia sem dúvida estar a sofrer da vista, se calhar por ter estado tanto tempo na prisão. É, devia ser isso mesmo...

2 comentários:

Anónimo disse...

Há coisas que acontecem só para algumas pessoas, são assim como que feitas de encomenda. Não se viu isso no outro dia com relógio do Luís do Bloguex?
mairiam

Antonio Carvalho disse...

Sim, é verdade, há histórias e ... histórias e há quem diga que também há «estórias»! Mas que às vezes acontecem coisas estranhas, lá isso acontecem... como a Barrabás.

António